
A importância do diagnóstico precoce já é bem conhecida, mas é necessário conhecer os marcos de desenvolvimento normal no primeiro ano de vida para que se possa distinguir os desvios da normalidade.
Desde recém-nascido até os seis meses, o bebê normal gradativamente vai demonstrando interação, vira a cabeça na direção da chamada; segue a direção do olhar da mãe quando ela olha para algo visível; começa a desenvolver atenção compartilhada; responde a manifestações de afeto e a emoções.
O bebê com TEA pode não reagir quando chamado, não responder a pistas sociais, a não ser com estímulos muito repetidos; são mais passivos e mais quietos e demonstram respostas afetivas mínimas. Dos 7 aos 12 meses, o bebê normal começa a demonstrar mais atenção compartilhada, já tem referência social, procura na face do adulto a expressão emocional quando em situações incertas; inicia o uso de palavras simples com significado e as capacidades imitativas.
O bebê com TEA tem maior incidência de posturas anormais; necessita de mais estímulos para atender ao chamado; é hiperoral (coloca tudo na boca); tem aversão ao toque social; apresenta pouca reação ao desconforto do outro; não apresenta sorriso social, nem expressão facial apropriada. Entre 13 e 14 meses, a criança normal tem boa comunicação receptiva e expressiva de acordo com sua idade; claramente compartilha a atenção e tem mais "brincadeira de faz-de-conta". A criança com TEA tem atenção compartilhada muito limitada; não tem funções pré-linguísticas como apontar ou abanar; tem falta de empatia e não faz brincadeiras imaginativas.
São marcadores de risco aos 12 meses para um diagnóstico de TEA confirmado aos 24 meses: contato e seguimento visual atípicos; dificuldades em se orientar quando chamado pelo nome; dificuldades para imitação e para ter sorriso social; déficits de reatividade, de interesse social e de comportamentos de orientação sensorial.
São indicações absolutas para referir imediatamente uma criança para avaliação mais detalhada quando:
Não balbucia aos 12 meses;
Não gesticula aos 12 meses (não aponta, não abana);
Tem ausência de palavras com significado aos 16 meses;
Não consegue fazer frases de duas palavras espontaneamente e não ecolálicas
aos 24 meses;
Sofreram alguma perda de linguagem ou habilidades sociais em qualquer idade.
Indicadores precoces de recém-nascidos até 14 meses:
Crianças de RN - 6 meses
Não reagem quando chamadas
Não respondem a "pistas" sociais, a não se com estímulos muito repetidos
Demonstram respostas afetivas mínimas
Mais passivas e quietas
Crianças de 7 - 12 meses
Maior incidência de posturas anormais
Necessitam de mais estímulos para responder ao nome
Hiperorais (põem tudo na boca)
Aversão ao toque social
Prestam pouca atenção ao desconforto de outros
Falta de sorriso social e de expressão facial apropriada
Crianças de 13 - 14 meses
Atenção compartilhada muito ilimitada
Ausência de funções pré-linguísticas (apontam)
Falta de empatia
Não demonstram jogo imaginativo
Aqui eu falo sobre os marcos do desenvolvimento e também deixei um arquivo para baixar com uma lista para saber o que a crianças deve apresentar em cada etapa da vida até 1 ano de idade.
Referencia Bibliográfica: ROTTA, Newra Tellechea; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtonos da Aprendizagem: Abordagem Neuribiológica e Multidisciplinar. 2ª edição. Porto Alegre. Artmed, 2016.
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