
O acompanhamento terapêutico é uma forma de garantir apoio escolar para as crianças com autismo.
Para colocar em prática a inclusão das crianças com necessidades especiais na escola, muito tem sido feito em busca das melhores metodologias e estratégias. O espectro do autismo é bem amplo e crianças com grau severo têm necessidade de um acompanhante escolar para contribuir com sua inclusão e aprendizagem.
O trabalho do acompanhante terapêutico consiste em estar próximo da criança, dentro e fora da escola. Contratado pela família, muitas vezes é indicado pelos profissionais que já trabalham com a criança, como terapeutas ocupacionais, psicólogos, médico ou psicopedagogo.
O objetivo do acompanhante terapêutico na escola é integrar a criança com autismo no convívio com os colegas, em primeiro lugar. Além disso, orientá-la nas atividades em sala de aula, garantindo recursos que facilitem a sua compreensão e aprendizagem.
O acompanhante terapêutico também ajuda os professores a manejar comportamentos inadequados e estimular comportamentos adequados da criança com autismo em sala de aula.
O acompanhante terapêutico é um profissional que contribui muito com o desenvolvimento da criança com autismo na escola. A sua principal função é mediar e facilitar o processo de inclusão da criança, ajudando-a em suas dificuldades, seja de socialização e/ou aprendizagem.
Os acompanhantes terapêuticos fornecem suporte necessário para o bem-estar do aluno com autismo e para seu desenvolvimento pedagógico e social. As intervenções e os objetivos de cada acompanhamento será diferente para cada criança, por isso a importância do trabalho multidisciplinar.
O acompanhamento escolar no autismo tem um viés pedagógico, terapêutico e educativo. Ele contribui na formulação de estratégias que favoreçam o aprendizado e a permanência da criança com autismo dentro e fora da sala de aula.
O ambiente escolar precisa ser estimulante o suficiente para que a criança com autismo possa se desenvolver. Como ela tem atrasos significativos no desenvolvimento, deve receber os mesmos estímulos que os seus pares, assim como terapias extras para potencializar sua aprendizagem.
Na escola, a criança com autismo precisa participar das atividades com os colegas, dos momentos de interação, da aula de Educação Física, das brincadeiras do intervalo. Da mesma forma, precisa acompanhar as explicações da professora para não acumular atrasos.
Quando a criança com autismo tem um acompanhamento escolar é possível garantir que ela não fique de fora da roda ou isolada na hora de explicações importantes. O acompanhante escolar oferece materiais concretos para uma melhor compreensão do aluno, pois a criança com autismo se beneficia com os recursos visuais.
Outra função importante do acompanhante escolar é manejar comportamentos inadequados em sala de aula, acalmar a criança e redirecionar sua atenção para as atividades.
Sabemos que ainda existem muitos desafios para colocar em prática a inclusão escolar e garantir a aprendizagem de todos os alunos. Existem obstáculos no caminho e o acompanhamento terapêutico nas escolas tem sido fundamental para as crianças com autismo mais grave.
O acompanhamento escolar proporciona às crianças condições para desempenhar suas competências educacionais e sociais. No entanto, a presença do acompanhante terapêutico é indicada para crianças com autismo mais severo. Ainda que os demais casos não estejam livres de desafios, o espectro severo do autismo necessita do acompanhamento escolar para contribuir com o processo de aprendizagem.
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